Gostava de começar este artigo com uma tecnicidade.Muito embora seja ensinado este episódio que vos vou relatar, como a fuga do Rei, devemo-nos lembrar que tal titulo foi dado por revolucionários que passaram a governar o Estado. Pelo que esse termo tem uma conotação negativa muito propositada.
Não nos esqueçamos que antes de serem Família Real, estes indivíduos perseguidos eram também uma família de pessoas reais. Pessoas como nós. Com outro estatuto, é certo, mas não estavam imunes aos sentimentos e comportamentos humanos.
Assim sendo, gostaria de narrar este episódio que não só marcou a nossa vila, como o País inteiro.
Assim sendo, gostaria de narrar este episódio que não só marcou a nossa vila, como o País inteiro.
Os pormenores do que se passou naquele dia na Ericeira são-nos relatados por Júlio Ivo, presidente da Câmara Municipal de Mafra no tempo de Sidónio Pais, e que em 1928 inquiriu a população da vila:
"(...) os automóveis pararam e apeou-se a família real, seguindo da rua do Norte para a rua de Baixo, pela estreita travessa que liga as duas ruas, em frente quase da travessa da Estrela (...) Ao entrar na rua de Baixo, a Família Real ia na seguinte ordem: na frente El-Rei D. Manuel; a seguir, D. Maria Pia, depois, D. Amélia (...) El-Rei e quem os acompanhava subiram para a barca, valendo-se de caixotes e cestos de peixe (...) O sinaleiro fez sinal com o chapéu, e a primeira barca, Bomfim, levando a bandeira azul e branca na popa, entrou na água e seguiu a remos, conduzindo El-Rei (...)

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