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domingo, 27 de setembro de 2009

Exposição - Ericeira Antiga

Inicio hoje a Exposição Ericeira Antiga, com as primeiras fotografias antigas. As exposições serão publicadas por temas, a desta semana será dedicada às gentes da Ericeira, mais particularmente, à labuta diária dos pescadores que cedo se levantavam e tarde se deitavam.
Os barcos, no porto, eram puxados para dentro e fora de água, à força de braços e de dois bois. Usavam um sistema de troncos, dispostos na areia, num corredor que levaria o barco à água.
Na praia dos pescadores era costume haver a venda do peixe. Naquele lugar juntavam-se muitas pessoas interessadas na venda/compra do peixe fresco, qual lota, qual mercado.
Mas não se pense que só os homens trabalhavam no duro, as mulheres, alem de terem de vender o peixe, também trabalhavam muito como lavadouras. Dirigiam-se até à fonte do cabo onde se reuniam em volta do tanque para lavarem as suas peças de roupa.
Fazia também parte da labuta diária, a venda na praça, o amanho das redes e a recolha de água em bilhas de barro.
Uma vida simples e dura se compararmos com os dias actuais em que a água chega à nossa casa, as maquinas fazem o nosso trabalho de lavar e  puxar os barcos.

Outra forma de visualizar a exposição é clicando no link clique aqui para abrir a exposição sob a fotografia antiga, na coluna ao lado. Quando o fizer abrirá uma janela com a exposição de fotografias da semana em forma de slides. Poderá redimensionar a janela para poder visualizar as fotografias em ponto maior ou menor. Clique no "play" para iniciar a apresentação ou faça avançar ou recuar .
Boa visita ;)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Rei da Ericeira

A Ericeira é uma vila tão antiga que até as suas paredes guardam histórias. Ao andar pelas ruas da vila, aqui e ali, encontra sempre alguma inscrição, um painel de azulejos, ou placas, com curiosidades. Assim, é possível ver as inscrições nas rochas das furnas com ditados populares, tais como, "Quem navega sem destino, nenhum vento é favorável", ou painéis a informar que "Foi nesta praia que no dia 5 Outubro de 1910 embarcou para o exilio a Familia Real Portuguesa perante a respeitosa atitude de toda a população da Ericeira".
Contudo a inscrição que motivou este artigo refere-se ao Rei da Ericeira, o segundo contado entre os falsos Dom Sebastião, de seu nome Alvares Mateus.

Este senhor mais não era que um ermita com traços semelhantes ao do próprio D. Sebastião. Tal aparência suscitou imediatamente a curiosidade dos populares que não tardaram a espalhar que ali se encontrava o Desejado. Isto um ano após ter surgido um falso D. Sebastião, condenado às galés espanholas, como integrante da armada invencível que pretendia invadir Inglaterra.
Os apoiantes juntaram-se então e aclamaram-no como rei, chegando mesmo a haver casamento com uma filha de um lavrador, Pêro Afonso, principal incentivador da sua proclamação. O falso Rei chegou ao ponto de montar corte na Ericeira: distribui cargos e títulos nobiliárquicos e passou provisões e alvarás com o selo real.

Ao saber disso o vice-rei espanhol, foram enviados o juiz da hora de Torres Vedras e o escrivão, acompanhados de oficiais de justiça com a intenção de prender os amotinados. Contudo acabaram sendo lançados do muro das Ribas pelos defensores do pretenso Rei, o que levou ao envio de uma força militar espanhola para cercar Pero Afonso no vale do Lizandro que dizimou os seus homens.

Após o condenamento em Lisboa, a 14 de Junho de 1585, Mateus Alvares, natural da ilha Terceira (Açores) foi conduzido ao Pelourinho, onde lhe foi decepada a mão direita, que lá ficou exposta. Ainda depois do enforcamento , foi decapitado e esquartejado, e as suas partes expostas nas quatro portas da cidade.

Atribiu-se a Mateus Alvares a seguinte declaração: "não sou D.Sebastião, mas somente um homem que tentou libertar o povo da tirania dos castelhanos, agora façam rei a quem quiserdes.


No entanto, este tratamento não impediu outros dois homens muito curiosos de tentarem o mesmo: um pasteleiro com qualidades incomuns: tratos finos, falante de quatro línguas ( castelhano, Português, Francês e
Alemão), de historia igualmente singular; e um italiano que não falava uma palavra de Português! mas que dizia ter feito um voto de não falar na língua mãe.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva - breve história


Um dos marcos da vila, que atrai turistas e veraneantes a visitarem-no e/ou tirar fotografias à sua fachada ao estilo Arte Nova, é a Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva, assim denominado, ao fim de uma história muito rica, em homenagem ao principal publicador e contribuinte para a historiografia local.

Breve resumo da sua História
Em 1861, inaugura-se o Clube Recreativo Ericeirense, instalado no piso térreo mandado construir por Francisco José da Silva Ericeira, que inicialmente funcionava apenas na época balnear com saraus musicais de grande nível que atraiam a aristocracia e a alta classe media.
Em 1919 é então transformado em Grande Casino da Ericeira pelo empresário Joaquim Ferreira, possuidor de casas de jogo de roleta, que oferecia, alem da roleta, jogos de banca francesa e outros jogos de fortuna ou de azar, ainda isto não havia no Casino do Estoril.
Uma das novidades foi o serviço de Restaurante, dirigido por um Maître d´Hotel de Lisboa, que se propunha a realizar concertos e matinées, aos domingos e quintas-feira. No entanto, a este primeiro casino, relativamente modesto, sucedeu-se um segundo, em 1924. Decorado com interiores de luxo e grande riqueza arquitectónica era palco da celebração do inicio (Julho) e fecho(finais de Outubro) da época balnear com concertos, números de variedades e bailes cheios de atractivos e surpresas. Durante o mês de Setembro realizavam-se chás dançantes acorridos pela elite  da colónia balnear espanhola. O serviço de restaurante esmerava-se com almoços-concertos., existindo ainda uma pensão-hotel anexa ao Grande Casino. O Grande Casino da Ericeira é então fechado três anos depois da segunda inauguração por decreto do governo  que atribuía o monopólio do jogo, na região de Lisboa, ao Casino Estoril.
Como forma de recuperar o seu investimento, o empresário Joaquim Ferreira, optou então por transformar o Grande Casino em cine-Casino da Ericeira, mantendo ainda durante muito tempo o restaurante a funcionar no salão do 1ºandar. Nos primeiros tempos, apenas havia sessão no Verão e só mais tarde é que passou a haver matinés aos fins-de-semana de inverno.
Durante os anos 30-40, o "casino" (ficou o nome) servia de rádio publica, na medida em que emitia para o exterior musicas populares antes do inicio de cada sessão. Essa musica, a que as pessoas chamavam de o "sonoro do Casino", serviu como contributo musico-cultural quase único na época, porquanto o radio era um luxo a que poucos acediam.
Foi justamente por esta altura, que o edifício sofreu duas tragédias muito próximas, quando dois camiões de carga, embateram desgovernados contra a fachada nascente, tendo havido feridos graves resultantes de ambos os acidentes.
Até aos anos 60, iam a palco revistas ao estilo do Parque Mayer, pela altura do encerramento da época balnear.Havendo soireés dançantes durante o Verão, e em dias alternados com as sessões de cinema até ao surgimento das boîtes e discotecas. Mas o cine-casino não se limitava a servir as elites. Por altura do Carnaval, acorriam gentes de todas as classes sociais, sem distinção.
A seguir ao 25 de Abril de 1974, o cine-casino foi então palco de comícios políticos com lotações esgotadas.
Com o surgimento dos cine-cafés (cafés com televisão) e mais tarde com o advento dos vídeos(vhs) este casino, tal como outros tantos, conheceu uma crise que se agravava com o tempo, acabando por encerrar antes do fim da década. Finalmente, foi adquirido pela Câmara de Mafra e transformado em Casa de Cultura.  Tendo sido remodelado de raiz  entre os anos de 1989 e 1993, de uma forma que surpreendeu os mais cépticos que não acreditavam na sua reconstrução genuína.
Actualmente, a Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva, é conhecida pela sua biblioteca pública, muito bem apetrechada, com mais de 17000 obras. Neste espaço encontram uma sala de leitura, espaço infantil, sala multimédia com acesso gratuito à Internet e um espaço audio-visual. Ainda neste edifício, existe um anfiteatro moderno que recebe varias apresentações teatrais. É de facto um espaço dedicado à cultura e ao conhecimento.

domingo, 20 de setembro de 2009

Prá-lampada


Continuando a falar de eco-pontos completos decidi começar a enumera-los individualmente, atendendo aos pormenores. Resolvi começar pelo mais recente eco-ponto, o eco-lamp. Este ecoponto azul tem como função recolher as lâmpadas fluorescentes usadas. Isto porque estas lâmpadas são muito perigosas para a saúde e o ambiente o que requer um tratamento especial. Entre outros elementos pesados e tóxicos, contêm mercúrio, este elemento é conhecido pela sua toxicidade . Pode durar até 20 dias até que o vapor de mercúrio de uma desta lâmpadas se dissipe. Entretanto pode entrar na circulação sanguínea pelos pulmões, através da respiração tendo efeito cumulativo! O organismo não consegue eliminar este metal, nem tratá-lo! Se acumulado em quantidade significativa, que não precisa ser muita, pode criar provocar danos graves. Os sintomas "mais leves" prendem-se com indisposição, sabor metálico na boca e inflamação nas gengivas. O mercúrio tem outros efeitos a nível psicológico: pode alterar o humor da pessoa, deixando-a deprimida, agressiva ou até com insónias e falhas de memória. No sistema nervoso observam-se os sintomas mais graves: a pessoa pode ficar demente, em estado vegetativo e pode causar a morte! Esta não se trata de uma lista exaustiva, apenas alguns sintomas/efeitos, mas é importante informar-se melhor e prevenir-se contra este elemento nocivo. Não guarde as lâmpadas fundidas em casa ou misture-as noutros contentores, deite todas as que não estiverem boas no contentor próprio, ajuda o ambiente e a sua saúde.
Encontra estes simpáticos eco-pontos perto de todos os sistemas ecológicos, um pouco por toda a vila,
( Largo dos condes, Largo dos Navegantes, Largo d. Sebastião...)mas caso tenha alguma quantidade maior ou lâmpadas muito compridas, aconselha-se a que as entregue na Junta de Freguesia da Ericeira para tratamento adequado. O ambiente agradece.;)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Praça da Répública - Jogo da Bola

Ao longo deste blogue, tenho já falado do jogo da bola, por se tratar de um espaço amplo, situado bem no centro da vila, actua como alvo preferencial de vários acontecimentos. Por exemplo, neste espaço passam artistas de ruas, que buscam presentear o transeunte com as suas habilidades; colocam-se avisos e montam-se exposições para informar o que cá na terra se passa, etc. Sendo assim, não podia deixar de falar um pouco sobre a sua história.
Ao longo dos tempos recebeu varias denominações, pela altura do casamento da princesa D. Amélia com Dom Carlos, chamou-se "Largo da Princesa Dona Amélia". Ainda é possível observar uma placa com 12 azulejos com essa designação no Museu.
Pela altura do 5 de Outubro de 1910, mudou-se o nome para "Praça da Républica". No entanto, os populares deram-lhe ainda outra denominação.
Neste espaço era comum amigos se reunirem para participarem num jogo da Bola, que consistia em lançar uma bola de cerca 20-25 cm de diâmetro contra uns paulitos, que se aglomeravam em conjuntos de 9 ou 12, dentro de um quadrado. (Uma espécie de bolinge de rua). Esta actividade servia para angariar fundos para a Irmandade das Almas, para tal colocava-se uma determinada importância dentro de um cofre de pedra com fecho de ferro. Por este motivo, passou-se a chamar ao largo de Jogo da Bola, por então se ter popularizado este jogo naquele local.
Hoje em dia é comum encontrar várias actividades neste espaço, principalmente aos fins-de-semana: programas de animação de rua, iniciativas ambientais,  exposições de fotografias e quadros entre outros.
Tudo para o lazer de quem cá mora ou passa.

domingo, 13 de setembro de 2009

Ecopontos completos!

É impossível, a qualquer transeunte que passeie na Ericeira, não reparar na sua limpeza. A explicação assenta num forte investimento na consciencialização das pessoas, junto com medidas que promovem e facilitam todos a tomarem um gesto amigo do ambiente.
Como forma de incentivar a separação, encontram-se à disposição vários eco-pontos pela vila. Na verdade, os ecopontos da Ericeira são dos mais completos do País!
Junto dos Navegantes, na entrada oeste, pode encontrar este sistema pró-ambiental que vê na fotografia. Além dos contentores para lixo orgânico, pode encontrar os eco-pontos para: vidro, papel/cartão, lata, plásticos e embalagens; além dos mini-ecopontos: rolhão, pilhão, e até um eco-Lamp para as lâmpadas usadas! Mas se acha que este aparato é só para a vista, desengane-se, sistemas como este encontram-se espalhados pela Ericeira, encontrando outro já no Largo dos condes, onde até encontra dois! E são utilizados pela população conscienciosa, pois a limpeza das ruas e a iniciativa de reciclar cabe a todos.
Ainda sobre estes contentores, vale referir de que alem de atractivos, devido às suas cores e formas personalizadas, estão projectados, principalmente os contentores subterrâneos, para suportar largas capacidades e de forma mais higiénica ( e mencione-se o cheiro!) de que os antecedentes, pois contêm melhor o mau cheiro e são de fácil manuseamento.
Mas não só nestes pontos se encontram incentivos para que se separe o lixo. Ao longo das ruas encontram-se contentores especializados e discretos para desperdícios tais como a pastilha elástica , juntamente com cinzeiros de rua e contentores menores em todas as esquinas. Para não falar no Olião, contentor para óleo de fritura usado, e nos ecopontos "portáteis" e instalados junto de estabelecimentos de restauração que aderiram ao projecto Ericeira Recicla.
Com tantos incentivos para que se opte pelo gesto correcto, o que inclui pontos com sacos de plástico para os dejectos do amigo canino, juntamente com contentores para este tipo de desperdício, ver um item a atentar contra o aspecto limpo e habitual das ruas, apenas depende da má vontade de algum individuo mais preguiçoso.
Por ultimo saliente-se o facto de que tanto contentor acaba por ser tão discreto e adaptado que acaba por fazer parte da decoração (positiva) das ruas. Um feito inédito e digno de ser imitado. 
Mais um ponto ( ou uma série deles) a ser dado a esta vila e respectiva  Junta de Freguesia. ;)

sábado, 12 de setembro de 2009

Menu Kmzero

Na Ericeira é possível comprar produtos de origem local vindos directamente de produtores da região. Tal acontece graças ao projecto "Menu Km Zero", um projecto que oferece preferencialmente produtos da região ao invés de produtos importados, tanto a restaurantes como a consumidores particulares.
A vantagem desta iniciativa prende-se com o facto de reduzir a distância Produtor/consumidor, economizando assim na emissão de gases poluentes devido ao uso de combustíveis fosseis. Outra forma de poupar o ambiente é por ser utilizado um veiculo de transporte dedicado a este Projecto movido a 100% bio-diesel, com decoração personalizada para efeitos de reconhecimento.
O "ponto de venda" deste projecto encontra-se na Praça da Republica (Jogo da Bola) todos os Sábados de manhã (entre as 10h e o meio-dia). Neste ponto pode optar por uma variedade de opções. Tem à sua disposição dois tipos de cabazes: um pequeno, com um custo de 5€ e outro maior por 9€. Estes cabazes são constituídos primariamente por um conjunto-base de produtos agrícolas , e então complementados com produtos da semana, sejam fruta ou verduras. Mas ainda não fica assim, mediante encomenda prévia, é possível personalizar o seu cabaz, assim ao invés de se ficar pelos produtos oferecidos no cabaz da semana, pode sempre pedir que coloquem ou retirem determinado produto ao cabaz, conforme a sua preferência. Desta forma garante os produtos que consome mais em casa, ou que mais aprecia, e evita levar algum alimento menos apreciado. Para isso basta estar na época do alimento (caso da fruta por exemplo) e pedir que o insiram no cabaz, independentemente do menu da semana.

Para o ajudar no transporte do cabaz, pode servir-se de uma caixa que leva e tráz todas as vezes, e pela qual apenas deixa 1€ de caução. Outra maneira, é servir-se das elegantes alcofas, pelas quais se paga 15€ de caução. Porém convém esclarecer que no caso de desistência esta importância é devolvida. Mais se pode dizer que no caso das alcofas cada pessoa fica com um par dedicado a si. Isto é,a pessoa leva uma alcofa com cabaz, tráz a alcofa vazia e troca-a por outra contendo o cabaz que vai levar. Contudo as duas alcofas são sempre as mesmas! Pode-se dizer que são as suas alcofas, isto garante que só você se serve delas,as quais se encontram devidamente identificadas com o seu nome.
Se não quiser comprar um cabaz de 5Kg a 7Kg, pode sempre optar por comprar os produtos avulso, neste caso fica limitado aos produtos base ou da semana, tomate ou alface por exemplo.
Desta forma apoia o consumo de produtos locais e a redução de emissão de gases poluentes.
Para mais informações acerca deste projecto vá a JF Ericeira ou dirija-se ao ponto de venda, no sábado mais próximo.
Para encomendar dirija-se ao ponto de venda ou vá ao site prove.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Fotos da eirceira

Já actualizei as fotos da Ericeira a serem mostradas todas as semanas. Desta vez as imagens foram dedicadas às ruas da Ericeira. Ao passear pela Ericeira é o que poderá ser visto. Não se trata de montagens ou esperar pelo momento certo, a Ericeira é linda e espontânea e é assim que deve ser dada a conhecer.
Vejam e apreciem! ;)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Banca dos Livros III - edição Fim de férias

Em forma de edição extraordinária, ficou determinado que haverá Banca dos Livros este fim-de-semana, dias 12 e 13. Isto vem a ocorrer como forma de dar a oportunidade a quem esteve ausente durante o mês de Agosto, e que chega agora em Setembro. Desta forma continuam-se a aceitar livros. Quem tiver livros usados que já não queira, sejam livros de leitura, tecnicos, enciclopédias, manuais ou outros, podem entregá-los na Junta de Freguesia da Ericeira, sediada no Largo de Santa Marta,nº9 (porta espelhada, à entrada do parque).
contacto:
tel.: 261862982
fax: 261866159
Mail: jfreguesia@mail.telepac.pt
Mais informações veja Banca dos livros I e Banca dos Livros II, ou dirija-se à Junta de Freguesia.

sábado, 5 de setembro de 2009

As furnas e o forte na Ericeira

Os que visitam a Ericeira não podem deixar de visitar as Furnas. Tão emblemáticas são da terra que é um local de visita obrigatório!
Há os que aproveitam para tirar fotografia, para observar o por do sol, apanhar banhos de sol num ambiente iodado, até para pescar e fazer viveiros de marisco! 
A sua construção iniciou-se em 1670  motivada pela Guerra da Restauração. Sofreu, ao longo da sua história, vários períodos de abandono e reconstrução. Constantemente erodida pela acção do mar,  reconstruiram-se alguns elementos estruturais até 1751, no entanto  acabou por sofrer um ataque mais forte aquando o terramoto de 1755.
Em 1819 foi feito um pedido de reconstrução do forte, pois desmoronara-se por acção das ondas. Entre 1831-32, foi novamente reparado, por forma a servir as tropas miguelistas, em plena Guerra civil. Mas em meados do século conheceu novo abandono, tendo, em 1871, sido usadas algumas das suas lajes  para restaurar e construir anexos da igreja de S.Pedro,não tardando a recolha da artilharia  sobrevivente  na década de 1880.
Em 1891, as dependências do forte serviram, juntamente com a Casa do Governador, para instalar a Guarda Fiscal , contudo, em 1896 desabou parte da muralha.
Por determinação de D.Manuel II (1908-1910), o forte foi reartilhado, tendo sido reedificada a muralha subjacente em 1940, anos após novo abandono. Por esta altura, o imóvel passou a ser tutelado pelo Ministério das Finanças.
Cinco anos depois, foi projectado um plano para converter o forte em miradouro, bem como a construção de uma casa de chá e o estabelecimento de uma pousada, pela Junta de Turismo.
Classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto 129/77, publicado em 29 de Setembro de 1977, o forte apenas foi objecto de conservação na década de 1980, quando a DGEMN procedeu à reconstrução da muralha e do pavimento do terraço.
Actualmente conservam-se os seus espaços mais importantes como a bateria e a casa forte.
Caracteristicas
Este forte apresenta planta rectangular, em estilo maneirista, com cobertura em terraço. No frontispício rasga-se o portão de armas em arco pleno. Apresenta bateria, formada por uma ampla esplanada voltada para o mar e a casa-forte, pelo lado de terra, comporta por compartimentos abobadados, com canhoneiras e duas guaritas cilíndricas com cobertura cónica.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A fuga do Rei

 Gostava de começar este artigo com uma tecnicidade.Muito embora seja ensinado este episódio que vos vou relatar, como a fuga do Rei, devemo-nos lembrar que tal titulo foi dado por revolucionários que passaram a governar o Estado. Pelo que esse termo tem uma conotação negativa muito propositada. 
Não nos esqueçamos que antes de serem Família Real, estes indivíduos perseguidos eram também uma família de pessoas reais. Pessoas como nós. Com outro estatuto, é certo, mas não estavam imunes aos sentimentos e comportamentos humanos.
Assim sendo, gostaria de narrar este episódio que não só marcou a nossa vila, como o País inteiro.
Eram cerca das 15 horas do dia 5 de Outubro de 1910, quando D. Manuel II, então com 20 anos, acompanhado da mãe, a rainha D. Amélia, e da avó, a Rainha D. Maria Pia, vindos de Mafra, surgiram de automóvel na vila para embarcarem no Iate D. Amélia, fugidos da revolução republicana que estalara na véspera em Lisboa. 
Os pormenores do que se passou naquele dia na Ericeira são-nos relatados por Júlio Ivo, presidente da Câmara Municipal de Mafra no tempo de Sidónio Pais, e que em 1928 inquiriu a população da vila:
"(...) os automóveis pararam e apeou-se a família real, seguindo da rua do Norte para a rua de Baixo, pela estreita travessa que liga as duas ruas, em frente quase da travessa da Estrela (...) Ao entrar na rua de Baixo, a Família Real ia na seguinte ordem: na frente El-Rei D. Manuel; a seguir, D. Maria Pia, depois, D. Amélia (...) El-Rei e quem os acompanhava subiram para a barca, valendo-se de caixotes e cestos de peixe (...) O sinaleiro fez sinal com o chapéu, e a primeira barca, Bomfim, levando a bandeira azul e branca na popa, entrou na água e seguiu a remos, conduzindo El-Rei (...)
A afluência nas ribas era imensa. Tudo silencioso, mas de muitos olhos corriam lágrimas (...) El-Rei ia muito pálido, D. Amélia com ânimo, D. Maria Pia, acabrunhada (...) Ainda as barcas não tinham atracado ao iate, apareceu na vila, vindo do lado de Sintra, um automóvel com revolucionários civis, armados de carabinas e munidos de bombas, que disseram ser para atirar para a praia se tivessem chegado a tempo do embarque (...)".

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Fonte dos golfinhos

Principal meio de distribuição de água para as familias até meados do século XX, esta fonte, projectada pelo arquitecto Ferreira Quaresma e  naugurada em 1926, encontra-se localizada junto ao Mercado (praça do peixe) e possui três golfinhos entrelaçados. Inicialmente, jorrava água continuamente das suas bocas, nos dias hoje, no entanto, foram instaladas torneiras para controlar a utilização de água.
Quem visita esta vila não pode deixar de passar por esta bela fonte e tirar uma fotografia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Banca dos Livros II - Final e encore

Terminou no dia 31 de Agosto o período estipulado para  a iniciativa de Banca dos Livros, onde quem quisesse podia comprar livros usados por um valor simbólico, contribuindo assim para dar vida a um livro usado. 
Esta iniciativa, inserida no projecto Ericeira Recicla, teve grande aceitação no público leitor que não prescindiu desta oportunidade de ajudar a Junta de Freguesia da Ericeira, bem como de conseguir livros de praia ou até de recordação. Várias pessoas conseguiram encontrar livros que há muito procuravam para as suas colecções : Vampiro, livros infanto-juvenis como Patrica, Uma aventura, Os Cinco, entre outros romances e policiais.
No entanto ainda poderá haver uma oportunidade para visitar esta Banca dos Livros! 
Isto porque, embora tenha terminado o mês de Agosto, o tempo convidativo e o sucesso desta iniciativa apelam para um encore. Assim sendo, talvez possa encontrar os seus livros antigos no próximo fim-de-semana! É uma questão de passar pelo Jogo da Bola (Praça da Republica) e verificar. Embora não seja garantido, devido a factores como o tempo que poderá estar, há fortes probabilidades de encontrar a banca montada. Apareça! ;)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Exposição de fotografias - Fotomais

Aos visitantes deste blogue, esta agora disponível uma exposição de fotos da Ericeira. Pretendo actualizar todas as semanas e tenho previsto colocar fotografias da Ericeira Antiga!
Com isto pretendo dar a conhecer a vila, e aos que já a conhecem, fica assim dada mais uma oportunidade para a visitar.
Escolhi uma apresentação moderada de tamanho pequeno/médio para não carregar muito a pagina, facilitando assim o acesso ao blogue e limpando a área de visualização. Caso alguém esteja interessado em obter alguma fotografia, mesmo de futuras exposições estejam à vontade para me contactarem. Deixem um comentário ou enviem-me um mail.
Também, quem quiser, pode partilhar as suas próprias fotos no álbum em exposição. É só enviar-me as fotos ou criar um  álbum publico, por exemplo no Picasa Web Álbum e informar-me.
Boa visita. ;)